domingo, 16 de outubro de 2011

O mal estar da civilização!



                  
              A religião é uma ilusão. No livro "O futuro de uma ilusão", Sigmund Freud (1856-1939) questiona o papel da religião na sociedade humana, se esta é realmente natural. Com sua analise psicanalista da atualidade, Freud chega a uma conclusão: Não há como ser feliz na sociedade moderna. A ciência e, no século XXI, as altas tecnologias -computadores, internet, celulares, televisões, etc.- são incapazes de aumentar o grau de felicidade do ser humano.
Um exemplo são as altas taxas de suicídios no mundo: Todos os anos 60 mil pessoas põem um fim às suas vidas na Rússia, onde a taxa de suicídio é a segunda no mundo—são 34,9 por 100 mil habitantes. O Japão tem a mais alta taxa de suicídio do mundo desenvolvido (24,1 por 100.000 habitantes). Na França em 1996 houveram  12 000 suicídios por 160 000 tentativas.
             Com isso, segundo o psicanálista, o ser humano aprendeu a renunciar a felicidade e que esse era o propósito da vida. A sociedade é hostil forçando nos a trabalhar arduosamente para podermos ter um meio de pagamento para a diversão, o que é corriqueiro no capitalismo.


             Na teoria da cultura freudiana, a sexualidade é a pedra fundamental na manutenção e reprodução da civilização. A civilização só pode existir porque os impulsos sexuais são canalizados para o trabalho, gerando todos os bens materiais e intelectuais da civilização. 
            “A civilização está obedecendo às leis da necessidade econômica, visto que uma grande quantidade de energia psíquica que ela utiliza para seus próprios fins tem de ser retirada da sexualidade” (FREUD, 1969, p. 125).
        Ele chega a conclusão que as doenças psicóticas surgem com a repressão das vontades sexuais. O processo civilizatório é marcado pela renúncia e pelo sentimento de insatisfação que os homens experimentam vivendo em sociedade. O resultado é o mal estar da civilização. Freud viveu em uma epóca (século XIX e XX) quando a repressão sexual era muito mais forte que atualmente no século XXI. Em nossa época, o mal-estar assume novas formas, ela estaria mais associada às condições econômicas e sociais que os indivíduos experimentam no mundo moderno. Nós, filhos da modernidade, somos espectadores de uma experiência que melhor se conceitua como fome, miséria, barbárie, guerras, desemprego, instabilidade econômica e social. Somando todos esses incidentes, nós nos tornamos inseguros, gerando as principais doenças psicologicas. O homem criador está perdendo espaço para as máquinas, aumentando o desemprego assim como o desespero humano.


                  Os estímulos externos causam todo tipo desajuste psíquico.  É comum a experiência da melancolia, da depressão, do desânimo, do desinteresse pela vida, da baixa auto-estima e da sensação de inutilidade.  As doenças que eram menos comuns na época de Freud se tornaram grandes problemas para psicólogos e psiquiatras, são os traumas de roubos e de seqüestros, a síndrome do pânico, a compulsão de consumo, a síndrome de perseguição, a misantropia e a depressão. Todas essas doenças são acompanhadas de crises de ansiedade. São doenças típicas de nossa época e que estão associadas ao mal-estar na civilização.                      
           


Fontes :http://filosofonet.wordpress.com/2007/09/25/o-mal-estar-na-civilizacao-moderna/
http://www2.uol.com.br/percurso/main/pcs25/psicanaliseilusao.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Suic%C3%ADdio#No_mundo
  

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